domingo, 22 de agosto de 2010

Ai essa moça ...

Moça de beleza rara, imprecisa e inexata. Tem nos traços uma fuga da beleza careta, estampada nos padrões já exauridos. Tem ao mesmo tempo um jeito meio gracinha, meio moça charmosa de filme espanhol. Ainda não se confia plenamente, mas só porque ainda não se conhece como pode.



Vai longe. Nota-se mesmo em conhecimento raso.


E desperta aquela vontade pueril de passar os dedos de leve no seu rosto, como quem redesenha uma obra que admira, como quem se imagina criador de surpresa tão agradável, ao mesmo em que se delicia num banho de admiração.


Causa um pouco de preocupação, por fazer a gente ter um pouco de medo de não controlar o ímpeto de beijá-la. Seja quem for.


"Esses lábios não são de Deus" um ignorante diria. Mas só por simplesmente se sentir tentato, como é natural ser.

E logo a princípio, se pensa:
Não conheço, mas quem sabe... Tem gente com quem a gente só troca um olhar, mas que levamos conosco pra sempre.
Não conheço, mas desejo bem.
Não conheço, mas se eu a desejar, que mal tem?